domingo, 13 de março de 2011

Cruz da Espiritualidade Juvenil Salesiana



Cruz: Espiritualidade no cotidiano
Bom Pastor: Auto-retrato de Jesus
Pomba: Encarnação de Deus na nossa história
Pães e peixes: Partilha – um compromisso social e político
Âncora: Esperança – otimismo
PX: Ressurreição

A cruz na festa do cristão. 

Dentro e fora de nós há muitas resistências ao sacrifício que precisam ser controladas e vencidas. E isso exige que nós contemplemos e imitemos a coragem que teve Jesus Cristo de morrer. Somente quem arrasta o seu amor à vida até a cruz, pode realmente construir vida plena e completa, para si e para os outros. Jesus ensina, de verdade.
Do lado do “dever quotidiano”, descobrimos que o convite para amar a nossa vida é uma coisa realmente séria: é um convite para amar a vida, não em certos momentos, ou quando nos convém, mas sempre, descobrindo que essa vida que amamos é uma vocação ao serviço e à responsabilidade. Estamos diante de uma exigência muito forte, que machuca muito o desejo de egoísmo e de protagonismo que cada um traz dentro de si. Ela nos conduz diretamente à cruz de Jesus e a uma dimensão da vida cristã à qual é impossível renunciar. O cristão está comprometido com um amor aos outros, que o faz capaz de servir e, até mesmo, de “sacrificar a própria vida para que todos a tenham em abundância”, como Jesus fez. É essa cruz que corajosamente colocamos no centro da nossa existência.
A cruz está no centro da vida do(a) jovem salesiano na medida que ele se sacrifica pelo grupo e se oferece para trabalhar pelo colega e pelas pessoas da comunidade – a medida é a caridade que supera as regras de cortesia.

Cruz – vitória de Cristo sobre a morte 

A vida, aquela que amamos intensamente e que queremos plena e abundante para nós e para todos, é sujeita a um limite insuperável. De certa forma, somos “condenados a morte”. Não fiquemos tristes com essa condenação. A morte nos ameaça, justamente porque estamos vivos. A belíssima experiência de estarmos vivos, é vivida dentro da marca indelével que a limita.
É importante não esquecer isso para não perdermos de vista o fato de que a casa que construímos aqui em baixo, mesmo se bonita e fascinante, não passa de uma tenda: a nossa verdadeira casa está mais adiante, no radioso além da casa do Pai. Algumas vezes a própria existência no-lo recorda, impiedosamente, quando nos coloca diante da morte, da dor, do desespero. Algumas vezes, nós mesmos resolvemos fazer esta experiência. Para tanto, nos afastamos um pouco das coisas bonitas que preenchem a nossa existência. Não o fazemos por desprezo. Move-nos uma escolha motivada e refletida: a seriedade e a consistência dos ‘bens penúltimos” não pode fazer-nos esquecer sua provisoriedade e relatividade em relação aos bens definitivos. Deixamos de gozá-los, por alguns momentos, a fim de nos reconhecermos peregrinos rumo a experiências maiores.
Na expectativa cristã, essa exigência é chamada muitas vezes com uma expressão pouco feliz: “mortificação”. Não nos comprometemos na vida dura por preferirmos a morte ou, pior ainda, porque nos agrada antecipar um pouco o encontro com a morte. Confrontamo-nos com a morte, e nos distanciamos das coisas, para vivermos como vencedores também aquele desapego a que a morte nos condena inexoravelmente, porque queremos amar a nossa vida mais intensamente, queremos “possuí-la” plenamente. E fazemos inteiramente nosso o convite de Jesus: “Se o grão de trigo, caído na terra, não morre, certamente não poderá viver. Pelo contrário, se morre, viverá: cem por um”. Esse é o estilo da nossa espiritualidade. Quem ama a vida e arrisca a sua para dá-la a todos, em nome de Deus, planta a cruz no centro da sua vida. Reconhece a paixão de Deus pela vida de todos e, com os fatos, se declara disponível a perder a própria vida, como gesto supremo, concreto e histórico de compromisso com a vida”.

(cf Espiritualidade Juvenil Salesiana, pp. 60-63).

Um comentário:

  1. Salve!
    Já estou seguindo e add o blog da AJS à minha lista de Blog's da Hora. Toda vez que for atualizado o blog de vocês vai estar no topo!
    Add o meu aí também,grato: http://blogdobelotto.blogspot.com/
    Abraço!

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